Wellington Rafael, no seu perfil no Facebook

Depois de muito tempo sem postar minhas leituras, o que farei nas próximas semanas, posto aqui a leitura desse livro que me fascinou: O Réptil Melancólico de Fabio Fonseca Horácio-Castro.
Poderia começar falando que o livro é vencedor do prêmio sesc de literatura, mas quero falar mais. Que é um livro fascinante.
Certa feita ouvi dizer que um livro bom é aquele que já nos prende pelo seu prólogo, como Cem Anos de Solidão; A Metamorfose; Grande Sertão; Anna Kariênina, etc. E é o que acontece com O Réptil Melancólico, que já nos fascina logo em sua abertura.
Uma leitura fluida, que nos prende, cujo o enredo gira em torno de Felipe, que foi pra o exílio na Ditadura militar com sua mãe, sem ser perguntado se queria, ou não (as entrelinhas são maravilhosas), mas que quando tem a oportunidade retorna a sua casa do Anfão.
Quando estava lendo, tive a sensação de algumas influências e referências a Cem Anos da Solidão, e quando leio a quarta capa, a surpresa, Marcos Peres diz que o Anfão se avizinha de Macondo.
Enfim, poderia dizer mais sobre, mas deixo agora para que vocês mergulhem nesse livro e se encantem.
Aproveito para dizer que dia 30 de maio (segunda-feira) teremos um encontro com ele às 19h no Sesc de Poços de Caldas para um bate-papo.
Encerro como sempre dizendo que esse livro me acrescentou e aumentou um pouquinho à vida.
“Se diante disso, meu Deus, tu me enches de paciência, se diante da persecução banal da história do quotidiano, tu me dás um rasgo de afeto, se me dás também a generosidade, eu te pergunto, se o puder, meu Deus, por que fizeste de mim um fraco?”.
CASTRO.__ In: O Réptil Melancólico, 2021. p. 374.
Um dos livros mais fascinantes que tive o prazer de ler nos últimos tempos! Delicado e intenso ,nos prender à leitura do início ao fim!
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